sexta-feira, 28 de março de 2014

PAGANDO UM MICO EM PÚBLICO

Ano de 1995. Eu ainda não tinha meu computador e muito menos um banco pela internet. Sendo assim eu ainda me deslocava até a agência bancária. E é nessa mesma agência onde o "causo" acontece.
Às 2as. feiras parece que tudo se atropela: os afazeres, as preocupações e tantas outras coisas.
Já passava das 11:00h da manhã e embora eu já tivesse feito várias coisas na cidade, eu ainda precisava ir ao banco. Estávamos num daqueles verões muito quentes e o vestidinho camponesa era o ideal para essas ocasiões. Estava com pressa, mas precisava ir ao banheiro antes de sair. Então, fiz o que precisava rapidamente e saí.
Já na agência, me dirigi aos caixas eletrônicos. Enquanto esperava uma das máquinas desocupar, percebi que uma atendente, velha conhecida, me acenava freneticamente, apontando o dedo para mim. Como boa pisciana tentava decifrar aqueles gestos porque afinal, eu já havia cumprimentado a moça. 
Chegara a minha vez de utilizar o caixa e lá fui eu. A atendente me apareceu esbaforida dizendo: "- Seu vestido está preso na calcinha!"
Como um relâmpago me virei de costas para a máquina no intuito de tampar meu traseiro e dei de cara com um dos muitos senhorezinhos que estavam na fila, todo sorridente para mim. Fiquei "roxa" de vergonha e no meio dessa patacada, puxava o vestido que ficara preso na parte de trás da calcinha quando fui ao banheiro.
Sem condições de continuar usando o caixa, saí quase que correndo do banco, ainda tropeçando na beirada de um tapete que quase me fez cair de boca no chão.
Fiquei 3 anos sem entrar nessa agência e quando precisava, pedia ao meu esposo que o fizesse por mim.
Vocês podem me perguntar como eu não vi o vestido preso. Eu explico. Eu usava um vestido estilo camponesa (moda na época), bem comprido, de algodão bem molinho. Seu modelo tinha apenas um acinturado abaixo dos seios, deixando sua saia bem solta até os pés. Portanto, ao me levantar do vaso, arrumei minha calcinha e baixei o vestido na parte da frente que, olhando ao espelho, parecia estar perfeito...
Pois é, ainda bem que sempre gostei de usar boas lingeries...rsrs 

domingo, 22 de dezembro de 2013

É POSSÍVEL????

Todos devem saber que o signo de peixes não nada, mas viaja muito bem...rsrsr

Um certo dia eu estava há tentando falar numa empresa para efetuar uma reclamação, mas o sinal de ocupado não desistia. Como eu também não desistia, continuava discando. A uma certa altura eu coloquei o telefone na mesa e comecei a tomar um sorvete enquanto discava. E não é que de repente ouvi o sinal de chamada? Pois bem, como já estava fazendo a discagem e a tomada de sorvete ao mesmo tempo, a primeira reação que tive foi a  de colocar o sorvete no ouvido...bbbrrrrrr
Neste momento meu filho estava entrando na sala e disse:
"Não mãe! Tudo, menos isso!!!!"
Vocês vão me perguntar: "Mas afinal, você conseguiu falar com a empresa? " E eu, certamente direi que não, pois com tanto sorvete em meu ouvido eu não teria condições de ouvir o atendente.

Eu sou uma Piada...



Recém operada do ombro direito e com o tendão pronto a romper do ombro esquerdo, ando meio sem opções para o uso dos meus braços. Com o calor que tem feito, não é nada fácil dormir como uma múmia, sem poder mudar a posição. Já cansada de brincar de estátua, resolvi que iria dormir de bruços. Com muita cautela, mas rapidamente me apoiei na cama com o braço esquerdo e logo estiquei os braços porque não aguentei a dor. Resultado: Fiquei com o rosto literalmente enfiado no travesseiro sem conseguir respirar! Lá estava eu, uma múmia revirada no sarcófago rsrsrs
Tive que agir rapidamente. Joguei minhas pernas para fora da cama e, como caranguejo, fui me arrastando até conseguir ficar em pé.
Que tal? Gostaram da façanha? 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Minha terrível Curiosidade


Nos tempos de ginásio, de frente à minha escola, havia uma creche que tomava todo o quarteirão. Eu tinha apenas 15 anos nessa época e era uma garota muito curiosa.
Um dia , ao sair da escola, notei dois rapazes em posições estranhas em frente a tal creche. Um deles estava ajoelhado na calçada com uma sacola repleta de cxs de fósforos. O outro estava em pé, observando atentamente. Isso estava me intrigando.
Fui me aproximando sutilmente para ver o que aquele rapaz fazia ali, de joelhos. Ele havia colocado palitos de fósforos, um ao lado do outro e, pelo que notei, haviam muitos deles rodeando a parede da creche.
Não resisti e perguntei ao rapaz que observava: "O que é isso?". Ele apenas me deu um sorriso debochado e nada explicou. Não satisfeita, fui diretamente ao outro rapaz e perguntei:
"Mas afinal, que diabos você está fazendo?" E muito irritado, respondeu: "Você não percebeu que sou um calouro? Eu tenho que completar todo o quarteirão da creche com estes palitos! Portanto não posso perder a conta de quantos...."
Nesse momento ele se calou e eu percebi o que havia feito com o coitado. Tinha feito ele perder a conta de quantos palitos já havia colocado em meio quarteirão!!!!
Antes que ele me enforcasse, rapidamente saí de cena.
Até hoje contenho certos momentos de curiosidade. Afinal, a curiosidade leva à impulsividade e ambas não são úteis, nem nos levam a lugar algum.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Uma certa Dna. Flor que só teve um marido


Esta senhora sentada ao lado do Carlos merece ser mencionada aqui. Seu nome? Florípedes, cujo falecido esposo chamava-se Floriano e suas duas filhas eram Flavia e Fabiana. Ela era nossa vizinha de frente e nos conhecemos quando o Carlos, ainda pequeno, bateu sua cabeça ao cair e ela, carinhosamente veio me acudir. A partir desse momento eu havia ganhado uma 2a. mãe e o Carlos, uma segunda avó.
Infelizmente suas 2 filhas não lhe davam o devido valor e a desrespeitavam, ludibriavam e, muitas vezes tivemos que interferir para que sua filha mais velha não a agredisse. 
Dna. Flor era uma pessoa extremamente doce e tranquila. Sempre que podia fazia salgadinhos e doces para nós. 
Quando nos mudamos para Itu, senti demais a sua ausência. Então nos falávamos por telefone com frequência. A última vez que nos falamos, ela avisou que viria para o aniversário do Carlos e se dispôs até a fazer o bolo. Como o dia da festa estava se aproximando  e eu não conseguia entrar em contato com ela, comecei a me preocupar. Já havia se passado uma semana do aniversário quando a filha mais nova me ligou e comunicou com toda a frieza, o falecimento de sua mãe. Logo vim a saber que esta filha saiu de casa sem avisar e ficou fora por 15 dias sem dar notícias. Dna. Flor morreu sozinha em seu apto. e só foi encontrada depois de 3 dias de sua morte. Nenhuma das 2 filhas se sensibilizou ou chorou em seu velório. 
Existem algumas perguntas que gostaria de fazer a Deus, mas me limito a aceitar a Sua Justiça.
De qualquer forma, esteja onde estiver Dna. Flor, o nosso agradecimento eterno por todo amor e dedicação que recebemos da sra.

sábado, 24 de agosto de 2013

Momentos Inesquecíveis

Já citei minha grande amiga Rosana e algumas de nossas viagens. Ela também me levava com ela para visitar seus parentes em uma cidadezinha do Paraná. Seu pai, a quem eu chamava carinhosamente de Tio Pepe, nos levava em seu delicioso Opala.

Viajávamos à noite e por vezes tio Pepe parava o carro no acostamento para nos mostrar o céu forrado de estrelas, enquanto saboreávamos um sanduíche de mortadela com guaraná.
A casa de seus tios era uma típica casa sulista de madeira, com fogão à lenha e ferro de passar à brasa. Fabricavam vinho caseiro à moda antiga (lavando seus pés e massacrando as uvas numa enorme bacia de madeira. Colocavam uma tarantela ou qualquer música italiana bem alegre para que bailassem sobre as uvas. Depois então, saboreávamos um pão caseiro bem quentinho com um copo desse vinho que, cá entre nós, me deixava muito estonteada e conversávamos somente coisas boas! Rosana tinha um casal de primos muito divertidos: Maria Antonieta, que se parecia com uma bonequinha de porcelana dos anos 30 e Pedro que parecia com aqueles personagens típicos de TV.
Uma noite quase geou e por isso ganhamos como cobertores, peles de carneiro. O assoalho era de madeira e rangia muito. Por falta de espaço, eu e Rosana ficamos na mesma cama. Isso foi um ótimo motivo para provocarmos diversos acessos de riso e levarmos uma bronca de seus tios. Uma noite, ouvimos um barulho estranho do lado de fora da casa e juntas gritamos. Em 2 minutos, eis que surge seu primo Pedro com uma enorme espingarda engatilhada e apontada para cima gritando: Pode vir! Venha se é homem que eu te pego charanga!  No meio dessa confusão armada, Pedro tropeçou e a espingarda disparou uma porção de chumbinhos! Sim, chumbinhos...

Tenho muitos primos do lado materno com quem convivi uma boa parte da minha vida. Um dos meus tios morava em uma pequena cidade próxima a Araraquara e quando eu ia para lá, meu primo Carlinhos pegava seu violão e tocava e cantava as minhas sertanejas prediletas. Eu, em seguida, cantava MPB com minha prima Valéria. Na foto abaixo estão Valéria e Carlinhos. Não se espantem com as aparências. Afinal, já se passaram muiiitos anos em que ela foi tirada.


Abaixo vocês vêem a casa de meus avós maternos. Esta foi a última foto tirada antes das casas serem demolidas. Vivi muitas coisas boas e bonitas de minha infância neste lugar. 


Na verdade, o terreno abrigava 3 casas. Nesta, moravam meus primos Lucimar e Renato.


Havia um sofá-cama no quarto deles. Lembram-se daqueles sofás com molas? Aquele que ao se abrir fazia uma barulho estridente e revelava na parte de baixo, um compartimento para se guardar "coisas"? Pois essa era a minha cama quando eu queria dormir por lá. Mas saibam, valia muito a pena porque meu primo, inteligente que sempre foi, nos contava histórias que lia em seus livros e o fazia de uma forma tão vívida que conseguíamos vibrar com cada uma delas. Ele também conseguia memorizar um certo conto  de Rui Barbosa que sempre dou risadas quando me lembro.


Certa vez, um ladrão foi roubar galinhas
justamente na casa do escritor Rui Barbosa.
O ladrão pulou o muro, e cercou as galinhas.
Naquele alvoroço, Rui Barbosa acordou de seu
profundo sono, e se digirigiu até o galinheiro.
Lá chegando, viu o ladrão já com uma de suas
galinhas, e disse:
"-Não é pelo bico-de-bípede, nem pelo valor
intrínsico do galináceo; mas por ousares transpor
os umbrais de minha residência. Se for por mera
ignorância, perdôo-te. Mas se for para abusar de
minha alma prosopopéia, juro-te pelos tacões
metabólicos de meus calçados, que darte-ei tamanha
bordoada, que transformarei sua massa encefálica,
em cinzas cadavéricas."
O ladrão todo sem graça se virou e disse:
"-Cumé seu Rui, posso levar a galinha ou não???"

Com minha prima foram muitas as situações em que estivemos juntas, pois morei por um ano e meio em casa de meus avós. Sua presença em minha vida foi e ainda é de extrema importância. Temos muitas coisas em comum relacionadas a família. Lembro-me que houve uma época em que a moda era tailleur de tergal e sandália plataforma. Meu Deus! Nem temos fotos dessa época. Não valia a pena. Outra coisa que me lembro era que aos sábados nos sentávamos na calçada em frente da casa com nossos apetrechos de manicure e pintávamos nossas unhas ouvindo as 60 mais da semana. Nossa! Era um programão...
Ah! tem também os nossos carnavais, é claro. Naquela época íamos à Tabatinga onde meu tio, o Sargento Irineu, nos conseguia a entrada gratuita no clube da cidade. Lá se viam famílias inteiras brincando com confete, serpentina e às vezes sentíamos no ar o cheiro de lança-perfume. Mas tudo era extremamente familiar... Numa dessas noites carnavalescas um moço se engraçou com minha prima e isso até acabou num beijo. Quando ela perguntou ao moço qual era a sua profissão, ele respondeu: "Sou açougueiro e também trabalho no matadouro". Deste momento em diante, minha prima começou a chorar e a lavar a boca desesperadamente. Coisas que acontecem numa noite de carnaval, não é?



Aqui, um momento que não posso deixar passar. Meu aniversáro de 23 anos. Esse dia foi muito especial porque o Julio já estava dando seus primeiros olhares "diferentes" para mim.


Este palhaço foi presente do Julio

Da dir. p/esq: Johny, meu padrinho de civil, Albert, padrinho do Carlos próximos ao Julio.

Abaixo, um encontro entre primos e tios em 2006 - Tabatinga





quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Lua de Mel - 1a. Parte

Antes do casório havíamos comprado uma série de revistas para escolher nossa viagem de lua-de-mel. Bom, sonhar não paga impostos. Então, fomos à Bali, 




fomos à Itália, 

fomos à Buenos Aires,      

E por fim, chegamos à Itatiaia -    

quer dizer...sonhamos com isso. Mas a grana era curta e tínhamos que ficar felizes porque afinal viajamos para dois lugares: Praia Grande e Águas de São Pedro!


Adoramos ter caminhado à beira-mar, ter visto o por do sol e tantas coisas simples e bonitas da natureza. No entanto, em algum momento, tínhamos que voltar para o apartamento e ouvir por toda a noite, um papagaio cantando "Meu coração, não sei porque..." Pois é, um romantismo à toda prova. E assim foram os 4 primeiros dias de nossa lua-de-mel. 
Ok. Segundo destino: Águas de São Pedro. O ônibus já havia entrado na cidade e nós ainda não tínhamos achado o endereço do hotel. Ao descermos do ônibus, avistei um banco de madeira do outro lado da rua. 


Fomos até lá, apoiamos as malas, as abrimos e enfim, achamos o cartão do hotel. Como já passava do meio dia, o Julio me disse: "Olha só Bem, aqui é um restaurante! Podíamos almoçar e depois irmos para o hotel. O que você acha?" Eu estava cansada e ansiosa por tomar um banho e não concordei. Então, fomos até a praça de frente para o tal restaurante, esperançosos de que um táxi passasse por ali. Passados alguns minutos, apareceu uma charrete. Tudo bem, não tinha motor, mas tinha 2 rodas e 4 patas.  Acomodamos as malas, nos sentamos e o charreteiro perguntou o endereço do hotel. Quando o Julio passou o endereço, o homem, com sua simplicidade nos disse: " Óia, se ocêis quisé, eu posso até dá umas vorta na praça antes de pará porque o hotel que ocêis vão é aquele ali", apontando exatamente em direção ao banco onde estávamos. Atentem para a placa com o nome do hotel...Nenhum de nós dois enxergamos a tal placa. Resumo: Havíamos apoiado as malas no banco que era de propriedade do hotel onde nos hospedaríamos e o restaurante onde o Julio pretendia almoçar, também fazia parte do mesmo! É isso mesmo. Demos uma volta com a charrete na praça e paramos no hotel. Fim da 1a. parte